Extrema-direita ensandecida: confusão em torno de Witzel e Bolsonaro

Não iria demorar muito para o castelo de cartas da extrema-direita ruir abruptamente. Cansada do discurso monotemático, o clá extremista que ocupa o Planalto, a imprensa deu um pouco de espaço ao equivocado governador Wilson Witzel, aquele que disse ter elegido o presidente (ele quis dizer que ajudou, o que é verdade). Hoje não se bicam. O presidente Jair Bolsonaro, hoje sem partido, esteve ao lado de Witzel em 2018, mas ao perceber que a popularidade dele crescia e que alguns já falavam em "Witzel presidente" tratou de queimar o máximo possível o ex-juiz.

Bolsonaro percebeu que seu eleitorado mais extremista estava vibrando com a execução do sequestrador, celebrada com pulinhos pelo governador carioca, e com os passeios de helicóptero para atacar comunidades pobres. A mídia deitou e rolou na treta entre os dois. A munição desta sexta mirou em Edmar Santos, ex-secretário estadual de Saúde do Rio, supostamente blindado pelo governador, como acusa o Ministério Público no pedido que fundamentou a prisão ocorrida ontem (10), durante a operação Mercadores do Caos. O ex-secretário pode ajudar a oposição a fundamentar um pedido de impeachment. De Brasília, Bolsonaro sorri por trás da "coisa de viado" dele. Ou não. Não?

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Novas mentiras chegando em março

ERRAMOS: Bolsonaro voltou em março e já pode ser preso

Gilberto Gil e Chico Buarque relançam canção pela liberdade de imprensa