Pedro está salvo, mas naja de Brasilia vai sugar 78 mil da família

A cobra antifascista, assim apelidada pela esquerda, quase matou o estudante de veterinária Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, de 22 anos. Ele achou que era seguro manipular o animal peçonhento detentor de um dos venenos mais tóxicos do planeta. Não era. Ficou em coma e escapou graças ao soro produzido pelo Instituto Butantã, ou seja, pelo Estado brasileiro, que financia e mantém este centro de pesquisa de referência mundial. Mas o capital privado também ajudou. Não somente para mantê-lo na melhor UTI disponível quanto para importar mais doses de soro antiofídico.

Apontada como uma heroína no combate ao fascismo (a zoeira não tem fim, dizem), a cobra naja ganhou fama e perfil no twitter depois de ter sido abandonada em uma caixa perto de um shopping em Brasília. Pelo visto a família não estava tão preocupada assim com a possibilidade de novos acidentes e dessa vez envolvendo alguém que nada tinha a ver com um esquema de tráfico de animais. A repercussão do caso fez a polícia desbaratar um grande esquema que importava, aprisionava e vendia animais selvagens. Dezenas foram resgatados, inclusive, pasmem, um tubarão.

Pedro ainda não está bem, mas segundo os médicos, fora de perigo. O Ibama aplicou multas contra a família do estudante que somam 78 mil reais. Não sabemos se será paga, mas é um problema menor. A saúde do rapaz é o que importa.