*ATENÇÃO* Texto sombrio sobre o Dia dos Pais e a Covid-19

Tristemente estamos no país onde 100 mil se foram vítimas da covid-19, uma doença sem vacina disponível e sem tratamento eficaz. Tristemente tem-se ignorado o luto e a dor das famílias destes que não estão mais entre os seus queridos. Não há nada que sinalize para uma mudança de postura do Estado brasileiro enquanto grande responsável pelo combate ao novo coronavírus e pela proteção da população, especialmente daquela menos assistida. É uma loteria. Uma loteria das mais cruéis porque joga com a vida e oferece como prêmio uma provável imunização, ainda que não garanta. Já se noticia recontaminação (ainda que, por enquanto, caso isolado).

Nosso gestor maior é também nosso negacionista maior. Desconfia dos números, fala em alarmismo, diz que o Brasil não pode parar. Mortos podem? Em todo o país prefeitos e governadores também se mostram ineficazes enquanto gestores da pior crise sanitária do século.

Não há o que fazer. Há. Mas transcende a capacidade do cidadão e até para protestar há restrições. Como ocupar as ruas? Como derrubar governos com a pressão popular? As notas de repúdio têm sido tão eficazes quanto o ozônio na via retal.

Hoje (9) é Dia dos Pais. A meteorologia trouxe ao Nordeste uma manhã cinza. É tudo muito simbólico em um país triste e moralmente falido. Ao lado de pais felizes com as meias e outros presentes típicos da data teremos filhos dilacerados e caixões lacrados. A única coisa que poderia trazer um pouco de alento a este domingo melancólico seria empatia. E que seja genuína e proativa. Esperemos.

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