Espremido pela CPI e por fantasmas do passado, Bolsonaro apela pra oitiva de Ricardo Barros

A rachadinha não deixou o presidente descansar desde o primeiro dia em que apareceu na manchetes, ainda quando o holofote era no 01, Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ). Agora piorou. A ex-cunhada Andrea Siqueira Valle teve áudio vazado em que afirma que o irmão dela foi demitido porque o Jair não estava recebendo o dinheiro certo. Dinheiro certo aqui é o dinheiro errado. Dinheiro de corrupção via rachadinha. Em vez de pegar 6 mil do salário do irmão de Andrea, pegava em 2 ou 3 mil. Frustrante demais para que o então deputado Jair Messias Bolsonaro desse conta de aguentar.

Enquanto o novo incêndio da rachadinha se alastra o presidente tenta apagar um fogaréu muito mais grave: propina bilionária na compra na Covaxin, a vacina indiana que o presidente, segundo afirmou o senador Otto Alencar (PSD-BA), fez questão de agilizar a compra antes mesmo de ter sido aprovada pela Anvisa. Otto declarou na CPI da Covid que Jair enviou uma carta para o premiere indiano em que afirmava que a Covaxin já estava no plano de imunização nacional brasileiro. Não estava.

Para melhorar a sua fita nesse caos Bolsonaro apela: ouçam Ricardo Barros (PP-PR). Só que a CPI não está querendo dar muita trela para o líder do presidente da Câmara. Barros foi citado pelo deputado Luís Miranda (DEM-DF) como chave nesse esquema de propina. É evidente que o Messias do Planalto quer manter o mito sobre si que é incorruptível. A missão é inglória. As manifestações estão ficando robustas e já se diz que se balançar Bolsonaro cai. Cai? Sem o aval do Congresso, especialmente de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, não cai, não. Motivos pessoais pra manter tudo como está ele tem de sobra. O Centrão está voando em Céu de brigadeiro e com uns bons bilhões para fortalecer suas bases.

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