Omar Aziz perde a paciência e ordena prisão de Roberto Dias
Roberto Dias era diretor de logística do Ministério da Saúde quando as propostas enviadas pela Pfizer para a compra de vacinas contra a covid-19 foram ignoradas. Ele chegou ao cargo pelas mãos de Ricardo Barros (deputado do PP-PR, hoje líder de Jair Bolsonaro na Câmara), ainda durante o governo Temer. No governo Bolsonaro, Dias não se preocupou em dar celeridade ao contrato com a farmacêutica cuja vacina goza de boa reputação mundial e aprovação pela Anvisa. A prioridade era outra: fechar um contrato bilionário com o governo da Índia na compra da Covaxin, vacina que ainda não havia sido aprovada pela Anvisa e sobre a qual o presidente Jair Bolsonaro mentiu afirmando que já estava incluída no Plano Nacional de Imunização em carta ao premiére indiano.
O motivo de tanta inércia de um lado e diligência do outro era a revelada propina de 1 dólar por dose que estava sendo negociada entre o Ministério e os atravessadores. Em um dos áudios expostos durante a sessão desta quarta-feira (7) é dito que o contrato "caiu no colo do Dias" para que ele assinasse. Só que o Dias em questão estava há horas prestando depoimento à CPI e os senadores estavam cansados de vê-lo escorregar nas respostas seguindo o exemplo de outros depoentes. Até ali a mentira não era recompensada com prisão. Não desta vez. O presidente da comissão senador Omar Aziz (PSD-AM) encerrou a sessão ao ordenar que a polícia legislativa levasse preso o ex-diretor do Ministério da Saúde pelo crime de mentir aos senadores em seu depoimento.
Nessas horas é preciso lembrar que dois errados não fazem um certo. Não é porque em tantos dias de CPI da Covid e com tantos mentirosos depondo os que viessem poderiam esperar uma "jurisprudência" pró-mentira. Mentir em depoimento continua sendo crime e passivo de voz de prisão. A comissão tem esse poder e, ao que parece, o presidente Omar Aziz não está disposto a demonstrar a mesma paciência com este tipo de depoente.
O motivo de tanta inércia de um lado e diligência do outro era a revelada propina de 1 dólar por dose que estava sendo negociada entre o Ministério e os atravessadores. Em um dos áudios expostos durante a sessão desta quarta-feira (7) é dito que o contrato "caiu no colo do Dias" para que ele assinasse. Só que o Dias em questão estava há horas prestando depoimento à CPI e os senadores estavam cansados de vê-lo escorregar nas respostas seguindo o exemplo de outros depoentes. Até ali a mentira não era recompensada com prisão. Não desta vez. O presidente da comissão senador Omar Aziz (PSD-AM) encerrou a sessão ao ordenar que a polícia legislativa levasse preso o ex-diretor do Ministério da Saúde pelo crime de mentir aos senadores em seu depoimento.
Nessas horas é preciso lembrar que dois errados não fazem um certo. Não é porque em tantos dias de CPI da Covid e com tantos mentirosos depondo os que viessem poderiam esperar uma "jurisprudência" pró-mentira. Mentir em depoimento continua sendo crime e passivo de voz de prisão. A comissão tem esse poder e, ao que parece, o presidente Omar Aziz não está disposto a demonstrar a mesma paciência com este tipo de depoente.
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