Agro rejeita golpe proposto por apoiadores do Governo

Parece que a última fronteira chegou. Um dos setores que surfou na crise com a alta do dólar e com a quase inexistente fiscalização de crimes ambientais resolveu dar um basta na aventura golpista de Jair Bolsonaro (sem partido) e seus apoiadores. O presidente está dobrando tanto a aposta que está faltando somente um documento por escrito anunciando a decisão de dar um golpe de Estado. Intenção tem sobrado. Para contê-lo, em nota, representantes do agronegócio disseram que apoiam a harmonia entre os Poderes e a democracia, isto é, que não vão apoiar fechamento do STF nem do Congresso e que preferem que o Brasil inspire a confiança de um país com instituições firmes.

O que Jair sabe e já disseram pra ele mais de uma vez é que golpe se dá quando há contexto favorável. Dentre outras coisas que ele não tem, o presidente precisaria de um maciço apoio popular e/ou de um robusto apoio institucional. Mas é fraco e as instituições não estão com ele.

Não se pode desprezar ainda a fatia bolsonarista apaixonada. Grupoa de evangélicos, policiais e militares são bons exemplos dos milhões de brasileiros que acreditam piamente nas mensagens dos grupos de Whatsapp e Telegram bolsonaristas. Vale lembrar que há robôs multiplicando estes conteúdos e que hoje eles têm mais relevância que qualquer veículo convencional de TV. A audiência do whatsapp é muito maior que a da Globo. Os apaixonados estarão no dia 7 de setembro dizendo que supremo é o povo e pedindo as cabeças dos ministros do STF. Ganharão nada, prejudicarão a harmonia entre os Poderes e gerarão muitos memes. Aos líderes da turba vale avisar que são eles que são investigados e presos quando a corda aperta.

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