Informações que captam a sua atenção

A vida nos ensina que é preciso desconfiar mil vezes quando alguém ligada a Jair Bolsonaro abre a boca para defender qualquer uma de suas falas. Todos sabemos como o presidente tem uma obsessão para convencer o mundo daquilo que a ciência ainda não chancelou - e talvez nunca chancele: a eficácia da hidroxicloroquina no tratamento da covid-19. Desta vez a deputada a passar vergonha nesta tentativa foi Carla Zambelli (PSL-SP). Inventou que teve a doença, que se tratou com hidroxicloroquina precocemente e que foi curada. Não contava que o hospital onde fora atendida divulgasse o boletim que a desmente. Zambelli teve um quadro de endometriose profunda, mas nenhuma infecção pela doença causada pelo novo coronavírus. Chegamos a esse ponto, onde o presidente vira garoto-propaganda de um medicamento sem comprovação científica e uma aliada sua inventa que teve a doença, usou o tal medicamento e foi curada graças a ele. Tudo mentira. Precisa forçar a barra assim?

Está Saul entre os profetas?* A segunda-feira (24) surpreendeu o gado bolsonarista quando um dos ícones desta onda pró-governo pediu licença para esculhambar o Jair. O presidente não, porque respeita, o indivíduo Jair Bolsonaro, como justificou o ofensor. O autor do escracho é ninguém menos que José Luiz Datena, jornalista, locutor esportivo, apresentador e, como é justo destacar, um ferrenho defensor do atual chefe do Executivo. Entre passadas de pano e bajulações não contávamos com a frase do título dita ao vivo por alguém nitidamente magoado: Bundão é o senhor! Uma referência à nova ofensa dirigida pelo Messias Bolsonaro à imprensa, a mesma cujo presidente encheria a boca de porrada. Pelo menos a de alguns de seus integrantes. Ele que disse. Fica o questionamento: Por que a primeira-dama Michelle Bolsonaro recebeu 89 mil reais de Fabrício Queiroz? * Nota do editor: Saul, o primeiro rei de Israel, era alguém que desagradava a Deus, conforme narra o Velho Testamento no primeiro livro ...

Os usuários do Twitter se depararam com Lula nos trending topics. O motivo? Haddad declarou "Lula é maior que o PT" e acrescentou: vamos até o fim em sua defesa. O ex-presidente é, de fato, maior que o PT. Um dos motivos que levaram Jair Bolsonaro a vencer as eleições foi justamente o antipetismo. Era preciso "tirar essa corja do PT", diziam em uníssono bolsonaristas e eleitores da direita pulverizada. No entanto, a susbstituição do projeto petista pelo atual não funcionou bem em praticamente nenhum setor. O presidente desagrada desde o agronegócio até os ambientalistas. A turma lavajatista desceu do barco junto com o ex-ministro e principal viabilizador da campanha para a Presidência, Sérgio Moro. Na última semana, os liberais seguidores do ministro Paulo Guedes, da Economia, pularam fora também. Bolsonaro não consegue se articular e precisou lotear o Congresso a partir de acordos, nem sempre muito claros, com o Centrão, a banda mais fisiológica da Câmara. Leva que...

Nos últimos anos a ascensão das igrejas neopentecostais a exemplo da Igreja Universal do Reino de Deus e suas filhas (apóstolos e missionários que fundaram outras parecidas e fortemente presentes na televisão aberta) temos visto pessoas de baixa renda sendo manipuladas da pior maneira possível. Não contentes com a apropriação de suas finanças, esses líderes chegam ao ponto de apagar a capacidade de seu rebanho sentir empatia por uma criança de 10 anos que vinha sendo estuprada desde os 6. Diga-se: forjamos um cristianismo que é a favor de bandidos mortos, armar a população civil, passar o pano para rachadinha e pra milicia. Que tempos! A Igreja Católica também dá um empurrãozinho no fanatismo. Não mexe em suas convicções sobre o aborto quando até o mais nobre dos homens sabe que uma criança grávida corre sério risco de morrer. Ou seja, se a criança grávida morrer, tudo bem.. estava cumprindo sua missão de mãe. O que não pode é interromper a gravidez, afinal, se engravidou do estuprador...

Resumindo o que se supôs: Romero Britto teria ido a esse restaurante com amigos e destratado os funcionários. Dias depois a administradora soube, foi na loja dele, escolheu uma peça de cerâmica bem cara para comprar e estilhaçar bem na frente do artista, famoso por suas obras coloridas. Ele nega. Jamais teria feito o que estão dizendo. Como essa história dificilmente será esclarecida, só nos resta o viral e a imaginação. Vamos combinar: Parece mesmo uma retaliação legítima. E fica o lembrete: tem coisa muito mais importante que dinheiro. O recado custou milhares de dólares, mas, se tudo isso é real, foi muito bem dado. Veja o vídeo: Empresária estilhaça obra de Romero Britto .

Se números frios não tocam a gente espero que nomes possam tocar, adverte Chico César na composição "Inumeráveis", criada a partir de uma poesia de Bráulio Bessa. Com mais de 102 mil mortos, segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil parece estar anestesiado no tange a se chocar com estas perdas. Eis que Chico e Bráulio trazem via arte uma ponte para a sensibilidade, com pequenas descrições desta mãe, filha, desta avó, do vizinho, do dentista, do amigo e tantos outros, todos com nomes e preferências. A letra da música pode ser lida aqui: Inumeráveis, de Chico César e Bráulio Bessa - G1 . Para ouvir: Inumeráveis, de Chico César e Bráulio Bessa .

Tristemente estamos no país onde 100 mil se foram vítimas da covid-19, uma doença sem vacina disponível e sem tratamento eficaz. Tristemente tem-se ignorado o luto e a dor das famílias destes que não estão mais entre os seus queridos. Não há nada que sinalize para uma mudança de postura do Estado brasileiro enquanto grande responsável pelo combate ao novo coronavírus e pela proteção da população, especialmente daquela menos assistida. É uma loteria. Uma loteria das mais cruéis porque joga com a vida e oferece como prêmio uma provável imunização, ainda que não garanta. Já se noticia recontaminação (ainda que, por enquanto, caso isolado). Nosso gestor maior é também nosso negacionista maior. Desconfia dos números, fala em alarmismo, diz que o Brasil não pode parar. Mortos podem? Em todo o país prefeitos e governadores também se mostram ineficazes enquanto gestores da pior crise sanitária do século. Não há o que fazer. Há. Mas transcende a capacidade do cidadão e até para protestar há res...

Um bando de bandidos acusou usou um homem inocente de fazer tudo que eles faziam. É o que diz a letra de uma música que chacoalhou a internet BR de ontem pra hoje (7). "O Brasil do patriota idiota é uma lorota", "combinando com o juiz a pergunta e a resposta", "segue o Brasil de quatro", "no Brasil desses homens de bem é América first também". Os versos pinçados são uma saraivada de pedras na cabeça dos lavajatistas. "Aha, uhu! A Justiça é nossa!", "Aha, uhu! A Rede Globo é nossa!". As agressões seguem. Acusações inspiradas nos vazamentos da VazaJato publicadas pelo The Intercept. O clip em preto e branco está no Youtube fácil de achar quando se busca "A História de um Brasil de Quatro". Segue um dos links: A História de um Brasil de Quatro/ Aha, uhu!

O primeiro recado já foi dado: não esperem uma cura milagrosa. O segundo é menos desanimador, mas igualmente triste: uma vacina eficaz pode não vir. Pode vir, mas existe a possibilidade de termos vacinas pouco eficazes e tratamentos que permitam conviver com os surtos e monitorar os casos. As assertivas estão ligadas às declarações da Organização Mundial da Saúde sobre a novo coronavírus e a Covid-19. Muitas dúvidas ainda estão para ser elucidadas, inclusive sobre o caminho que o vírus percorreu até chegar aos humanos. Acredita-se que surgiu em morcegos, mas que é provável que tenha passado por outra espécie para, enfim, causar a sídrome respiratória aguda em pessoas. O pessimismo da OMS não revoga a recomendação universal de MANTER o isolamento social.

A diretora paraibana Luz Bárbara lançou o curta “1º de Maya”, uma ficção que evoca a memória de Margarida Maria Alves, líder trabalhista assassinada em 1983. Na história, Maya é uma indígena paraibana em São Paulo durante a pandemia. No 1º de maio, ela tem um encontro virtual com a memória de Margarida e questiona seus acordos trabalhistas. Luz escreveu e dirigiu o filme em São Paulo, com equipe reduzida e formada por mulheres. Com 6 minutos de duração, estreou na mostra do Projeto Curta em Casa.

Bastou uma semana de trabaho em um acampamento de verão na Geórgia, nos EUA (por isso afirmamos que não é o caso de um bolsonarista, mas não temos certeza) para que 260 pessoas testassem positivo para Covid-19. O responsável pela disseminação do vírus é adolescente e o caso deixa claro como é perigoso que crianças e adolescentes estejam reunidos nesse tipo de contexto antes que haja uma vacina segura para a doença do novo coronavírus. O episódio aconteceu no final de junho, mas veio a público somente agora e foi relatado no site UOL .